Síndicos e condôminos devem estar atentos para tornar o edifício o mais seguro possível
Fiações antiga, falta de manutenção, acúmulo de materiais inflamáveis e, é claro, simples descuidos são causas comuns de incêndios. A frequência com que esse tipo deacidente – ou incidente – vem acontecendo no Rio de Janeiro torna importante relembrar alguns cuidados básicos para evitar problemas maiores.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as causas mais comuns para incêndio são sobrecarga de energia em adaptadores elétricos – como os populares “benjamins” -, curto-circuitos na parte elétrica, restos de cigarro e panelas esquecidas no fogo.
Uma guimba de cigarro num sofá, por exemplo, pode ter sido a causa do incêndio que atingiu, em maio, um prédio residencial na Rua Hilário de Gouveia, em Copacabana, quando três moradores sofreram ferimentos leves.
Síndicos e condôminos devem estar atentos a fim de tornar o edifício o mais seguro possível. Os gestores precisam requisitar junto aos bombeiros o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
A validade do AVCB pode ser de um, dois ou três anos, dependendo do uso da edificação. A não obtenção ou vencimento pode invalidar apólices de seguro, ocasionar o fechamento do imóvel e gerar multas, entre outras complicações.
Condomínios comerciais ou residenciais devem ter também um plano de emergência para a evacuação das unidades em caso de incêndio. O ideal é que o plano seja elaborado com orientação do Corpo de Bombeiros, e comunicado a todos os ocupantes do prédio.
Um plano de emergência deve conter: os procedimentos adequados dos moradores, funcionários e demais ocupantes do prédio; a planta do edifício; a localização dos equipamentos de combate a incêndio e das vias de fuga e um ponto de reunião na área externa.
A altura máxima para a fixação de extintores, de acordo com a cartilha de orientação do Corpo de Bombeiros, é de 1,60 metro de altura, e a mínima é de 0,10m. Dependendo do risco de incêndio no local, o percurso máximo para se atingir um extintor, pode ser de 15, 20 ou 25 metros. Os extintores devem estar desobstruídos e sinalizados.
Obedecendo o percurso máximo, cada pavimento deve ser protegido no mínimo por 2 unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de classe A (alimentado por combustíveis sólidos, como madeira) e outra para classes B (causado por líquidos inflamáveis) e C (fogo proveniente de equipamentos elétricos). ou duas unidades extintoras para classe ABC.
Instalações elétricas
Se a corrente elétrica de uma instalação estiver acima do que a fiação suporta, há risco de superaquecimento dos fios, o que pode provocar incêndios. De acordo com especialistas, se os disjuntores caem com frequência, a solução ideal não é a troca, e sim a revisão da fiação, que provavelmente não suporta mais a carga. Já no caso das instalações de gás, é importante não tentar improvisar maneiras de estancar os vazamentos, com cera, por exemplo.
Mais informações
Como reagir em caso de incêndio e quais medidas ajudam a evitar este problema serão alguns dos assuntos abordados no próximo Encontro de Síndicos, que será realizado nos dias 24 e 25 de novembro, de 9h às 18h, no Clube da Aeronáutica, que fica na Praça Marechal Âncora, 15, Centro.