Adalex Construtora

Especialistas dão dicas de como solucionar problemas no condomínio — dos mais corriqueiros aos mais inusitados

Reunião de condomínio
Reunião de condomínio

Em prédios residenciais, vale bem o ditado que diz “Cada um no seu quadrado”. Mas, não é raro que barulhos, cinzas de cigarro ou um vazamento de água invadam o apartamento do vizinho. E, nessas horas, algumas atitudes simples ajudam a evitar maiores embaraços. Para fazer esse meio de campo, o Morar Bem convidou especialistas em condomínios a darem dicas de como solucionar problemas corriqueiros e inusitados entre os que moram no mesmo edifício.

O síndico como bom mediador

— O que há de mais moderno hoje em dia em termos de resolução de conflito é a mediação e a negociação. Antes de notificar condôminos, o síndico pode assumir esse papel de interlocutor e chamar os vizinhos para uma conversa, seja no banco do prédio ou no bar da esquina, com o intuito de estimular a conversa e o fim do problema — sugere o advogado do setor imobiliário, Arnon Velmovitsky.

Os “quatro C´s” — criança, cano, carro e cachorro — são os principais motivos de reclamações e brigas judiciais. Para pôr fim nisso, a gerente de relacionamento da Lello Empreendimentos, Márcia Romão, recomenda que os síndicos fixem o regulamento interno nas partes comuns do prédio para lembrar aos moradores como usar os equipamentos e evitar transtornos com os vizinhos.

Algumas medidas criativas podem contribuir para a melhoria dos relacionamentos no edifício. Se entre os moradores há muitas crianças, por exemplo, que tal eleger um síndico mirim para dar as diretrizes aos demais pequenos? É uma forma de estimular os pequenos a conhecer e disseminar as regras do condomínios relacionadas a barulho, horários de uso de equipamentos comuns etc. Já quando o problema está relacionado à infiltração, é recomendado o uso do bom e velho perito para saber de onde vem o problema. Vagas de menos para carros demais também costumam gerar conflitos. Participar das assembleias e dar sugestões para esta falta de espaço pode ser um bom caminho para alcançar a paz entre condôminos. Mas os especialistas lembram que existem regras para aprovação de mudanças na convenção:

— É preciso ter a aprovação de pelo menos 3/4 dos proprietários para dar novos rumos para o condomínio. O que inclui a garagem —diz Arnon.
A internet pode também ser uma aliada da boa convivência entre vizinhos. Por site ou blog, o condomínio pode divulgar seu regulamento interno e seus intentos para o ano. E tudo de uma forma lúdica e interativa, para atrair moradores a consultá-lo.


Problemas inusitados e curiosos
Problemas inusitados também podem aparecer no meio do caminho. Como o caso de um judeu e um católico que dividiam o mesmo hall de entrada num condomínio administrado pela Lello. Márcia conta que os dois moradores queriam ter gravuras com símbolos e dizeres de suas respectivas religiões penduradas na estreita parede do corredor. O jeito foi fazer um revezamento.

— Ficou decidido que a cada mês um penduraria a sua religião na parede. Foi um jeito eficaz de manter a paz no condomínio — explica.
E quando o edifício passa a ser ocupado por dezenas de famílias de outro país, como os 160 coreanos de um condomínio de São Paulo. Os moradores tinham o costume de pendurar suas roupas na varanda e descer o elevador de pijama. Mas o regulamento interno não permitia a adoção de tais hábitos. O condomínio providenciou a tradução do documento. O mesmo foi feito com placas de sinalização em partes comuns.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *